A história de vida de um copo, vista pelo próprio.
Olá.
Eu sou o copo da Diana. Classificam-me como M8. Cada letra é um
conjunto de nove copos. A Diana fez copos até ao M8. Ou seja, sou o
último copo que ela fez.
Vou
mostrar o significado do meu nome:
M8
Pertenço ao conjunto M
Sou o 8º do meu conjunto
Ainda
me lembro como nasci.
Aquelas
mãos suaves a formatarem-me!
A
sua delicadeza e esforço!
Sem
parar!
Incrível!
Quando
abri os olhos, foi uma visão fascinante!
“Aqui
estive, estou e serei feliz.” Digo isto todos os dias, quando
acordo, quando sou usado e quando chega a noite.
Noutro
dia, soube da Lenda. É uma lenda temida entre os copos. É o resto
das ruínas da memória do O e do A1, que fugiram...
Ao
fim e ao cabo...só quero ser feliz!
Mike
Xyzhsao
Eu
sou um copo e fui fabricado para beberem de mim. Vim de uma fábrica
de copos de vinho, feitos de cristal. A coisa de que mais gosto é
estar sempre limpo. Afinal, sou um copo fino, a minha marca é
Nisbets!
Fui
feito a partir de dois copos esmagados e reconstruídos de quatro
formas diferentes. Afinal, sou um copo reciclado!
Na
festa deste final de ano, todos os copos festejaram e eu fui para um
restaurante, dum cruzeiro. Fui servido aos senhores que pediam vinho
tinto. Mas, quando ia para a cozinha, um empregado deixou-me cair e
eu parti-me em mil pedaços. Depois, fui para a fábrica,
reconstruiram-me e, quando olhei para o meu reflexo...vi um simples
copo de água!
Salva
Nube
O
triste copo
Sou
um copo de cristal. Fui criado a partir da areia, na empresa Wolff.
Tenho 12 anos e pertenço a um famoso colecionador de copos. Sou uma
peça muito detalhada, bonita e elegante. Tenho uma textura suave, um
brilho extremo e uma transparência fora do comum. Os outros copos
dizem que sou muito bonita, uma obra-prima, por isso sou objeto de
colecionador.
Mas,
eu não queria ser assim, eu só queria ser como os outros copos.
Sonho com o dia em que serei posta na mesa ou na máquina da louça.
Ah! Sentir a esponja tocar-me no vidro!
Não
posso, pois sou muito frágil. Por isso, fico fechada numa estante e
só saio quando a senhora da limpeza tem de a limpar. Esse é o meu
momento supremo de liberdade. E os únicos momentos em que um ser
humano me toca.
Como
eu queria sentir os lábios da dona da casa a deixar o seu batom
vermelho vívido no meu vidro macio e delicado, enquanto bebia de
mim!
Mas
estou a fazer uma tempestade num copo de água, pois é meu destino
ficar aqui para a eternidade.
Arruna
Silva