segunda-feira, 4 de junho de 2018

Ontem, no Conservatório de Música de Coimbra, os nossos escritores brilharam com as palavras que percorremos ao longo deste ano letivo. Ei-las!




CHUVA

Quando a chuva sopra no teu rosto
Quando a chuva sopra no meu rosto
Quando a chuva sopra no nosso rosto

Eis que o sol aparece
Forma-se um arco-íris
E alegre fica o dia


Eu…

Alguém que nasce em mim involuntariamente
Alguém que muda
Alguém que se esconde
Eu…
Alguém que chora, alguém que ri
Por vezes grita, por vezes sorri
Eu…
Alma curiosa que sangra
Rei de nada, escravo de tudo.
Oceano de pensamentos
Eu…
O que me domina e não posso controlar
Alguém que está comigo e não posso afastar

Eu, um eu desconhecido pelo meu eu
Eu, o eco do tempo que perdura


UM EVENTO FANTÁSTICO

No fim desta manhã solarenga, ocorreu, no Mosteiro de Celas, recentemente reconstruído com uma arquitetura semelhante à do café Santa Cruz, um evento para o qual todos os conimbricenses foram convidados.
Tratou-se de uma «aula» onde se pôde descobrir ou saber mais sobre diversas culturas. No atual Mosteiro compareceu o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Esta atividade correu como o esperado pelo Conde Galamba de Celas, que teve a ideia de festejar a inauguração do Mosteiro em simultâneo com a celebração das diferentes culturas, por causa da recente imigração de muitas pessoas para Coimbra.
O evento mostrou diferentes culturas, como a brasileira, a chinesa, a francesa, a ucraniana e a romena.
Pelo que sabemos, aconteceu, no final, um almoço entre o Conde, o Presidente da República e outras pessoas importantes do governo, que também estiveram no Mosteiro.


 DEGRAU A DEGRAU

Dó -  Aprender a crescer
         Procurar amigos
Ré -  Aprender a crescer
         Os “amigos” a partir
Mi -  Aprender a crescer
         Aceitar as derrotas
Fá -  Aprender a crescer
         Parar, cair e chorar
Sol -  Aprender a crescer
         Pensar e interiorizar
Lá - Aprender a crescer
       Esforçar-se, acreditar, ultrapassar
Si -  Aprender a crescer
       Encontrar as vitórias
Dó - Aprender a crescer
        Amar, amar, amar…


GELADO UNIVERSAL

Ingredientes
• 1 mão cheia de vestuário colorido da Índia
• 1 mão cheia de ritmos sonantes de África
• 1 mão cheia de pinturas inovadoras da Europa
• 1 mão cheia de livros cativantes do mundo
• 1 pitada de essência de vida
• energia q.b.
• top de conversa animada
•molho natural de amizade ilimitada

Modo de preparação
Numa taça, misture, em quantidades relativamente iguais – dependendo do seu estado de espírito -, uma mão cheia de vestuário colorido da Índia, uma mão cheia de ritmos sonantes de África, uma mão cheia de pinturas inovadoras da Europa e uma mão cheia de livros cativantes do mundo.
Numa batedeira, coloque o preparado e deixe mexer durante 3 minutos.
Quando obtiver uma massa espessa, adicione 1 pitada de essência de vida e energia q.b. Envolva, suavemente, até formar um todo homogéneo e leve.
Deite o produto numa taça mágica e guarde no congelador durante 7 horas.
Imediatamente antes de servir, regue com top de amizade ilimitada e sirva o gelado com molho natural de conversa animada.
Delicie-se!


VIAGEM

Ouve-me, amigo,
deixa-me explicar-te.
A vida é uma viagem.
Somos os autores do nosso texto,
os pintores da nossa paisagem.

Um desenrolar de ocasiões.
Um rio de emoções e sensações.
A vida,
Bela demais para ser desperdiçada.
O caminho  que queremos,
obstáculos e contratempos.
O  sexto sentido escondido.

Vou procurar-me
nas lágrimas do mar,
nos sorrisos do Sol…

“Palpar” o coração
“Apreciar” a imaginação


O VENTO

Perguntei ao vento
Onde foi encontrar
Maravilhosas viagens
Terras, costumes, paisagens

Perguntei ao vento
Onde foi encontrar
As especiarias dos meus desenhos
As cores dos meus pratos
Os cheiros dos meus sonhos
A história dos meus dias
A viagem da minha vida
desconhecida

Perguntei ao vento
Onde foi encontrar
Os meus companheiros
Uma vez perdidos
Uma vez sentidos
Uma vez feridos.
Os meus sentimentos
Uma vez deixados
Uma vez curados
 Por uma brisa sem fim...

Perguntei ao vento
Onde foi encontrar
A saudade de estar

Perguntei ao vento …
O que ele respondeu
Deixo-vos a pensar,
Para, numa próxima vez,
Serem vocês a perguntar.


PALAVRAS BRANDAS

Ele insulta, Ela abraça,
Ele grita, Ela sorri,
Ele magoa, Ela ama,
Ele acorrenta, Ela liberta,
Ele mata, Ela salva,
Ele separa, Ela une,
Ele morre, Ela nasce,
Ele, o Preconceito.
Ela, a Humildade.